terça-feira, 10 de maio de 2011

A Fotografia Entre o Documento e a arte Contemporânea.


Ora, a fotografia, mesmo a documental, não representa automaticamente o real; e não toma o lugar de algo externo. Como o discurso e as outras imagens, o dogma de "ser rastro" mascara o que a fotografia, com seus meios, faz  ser: construído do início ao fim, ela fabrica e produz os mundos. Enquanto o rastro vai da coisa (preexistente) à imagem, o importante é explorar como a imagem produz o real. (p.18)

Assim, a fotografia é máquina para, em vez de representar, captar. Captar força, movimento, intensidades, visíveis ou não; e não para representar o real, porém para produzir e reproduzir o que é passível de ser visível (não o visível). "Tornar visível, e não apenas apresentar ou reproduzir o que é visível" (Paul Klee). (p.36)


Trechos do livro de André Rouillé: A Fotografia Entre o Documento e a Arte Contemporânea.

André Rouillé é doutor em história, professor titular de Artes, Estética e Filosofia na Université Paris-8 e diretor do site Paris-Art.com. É também curador e autor de sete livros sobre fotografia e arte, dentre eles “La Photographie. Entre document et art contemporain”, lançado em 2005.  Agora a publicação ganha tradução para o português e chega ao Brasil pela Editora Senac

Com informações do Fotoclube f/508

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